Recursos Humanos : uma área em ebulição
Mudança é a realidade de qualquer organização.
Competitividade é vivenciada todos os dias até de maneira cruel, onde
somente o melhor é que vence.
Mas o que é ser o melhor no contexto das empresas?
Ser o melhor está diretamente relacionado a ser escolhido pelos
clientes, de forma que eles enxerguem valor em nossa oferta.
Mas o que está efetivamente relacionado a nossa oferta hoje ?
Invariavelmente, ser a melhor oferta aos olhos dos clientes depende
essencialmente de entender quem é o cliente, o que precisa, o que valoriza e as
mudanças de perspectivas e necessidades que também acontecem com ele
diariamente.
A diferenciação vai além das fronteiras associadas ao produto, pois
vivemos a era da comoditização de produtos em uma escala de tempo muito
reduzida. Então como ser criativa, diferenciada, conquistar clientes e ainda
por cima, atingir resultados cada vez melhores?
Tudo isso passa e é exercido pelas pessoas que compõe uma organização.
Acionistas, líderes e colaboradores no âmbito interno emprestam a uma
organização a sua unicidade e é somente a partir disto que uma empresa pode se
tornar competitiva.
E como orquestrar esse organismo vivo na direção desta tão sonhada
diferenciação?
Será que não é chegada a hora de nos perguntarmos “ De que forma podemos
envolver pessoas para que elas entendam de pessoas e conquistem a
mente e o coração de pessoas?
Neste contexto, a “boa gestão de pessoas“ , passa a ser fundamental para
os resultados de qualquer organização . Mas não basta mais fazer direito o que
deve ser feito.
A gestão deve ser estratégica, finamente sintonizada à identidade e
visão de futuro da organização, além de garantir as condições essenciais ao
trabalho.
E como tal, esse desafio coloca em uma profunda ebulição a Área de
Recursos Humanos. Modelos tradicionais não surtem mais efeito, afinal, temos
Geração Y, Geração X, Geração Isso ou Aquilo .., entre tantas convivendo juntas, cada qual com
seu perfil, seus sonhos, habilidades e competências.
Para que os profissionais que trabalham em Recursos Humanos possam atuar
neste contexto tão desafiador, será preciso desafiá-los constantemente .
Colocá-los em situações difíceis onde para entender de gente será
preciso primeiro entender de negócios, de clientes, de finanças, de
planejamento etc etc etc.
Será preciso refletir e contextualizar sob cada situação, onde os
modelos prontos servem apenas como referências vivenciadas.
E com um olhar determinado, conhecer a dinâmica coletiva existente em
uma organização que como um ser vivo e único, requer um olhar também único.
Requer uma visão sistêmica, integrada, coletiva e personalizada.
Desenvolver líderes capazes de administrar toda essa dinâmica,.talvez
seja o maior desafio desta atividade. Porque sem bons líderes, afinados com as
crenças e valores da organização e com um profundo conhecimento do mercado e de
seus clientes, uma empresa não conseguirá acessar seus colaboradores e
envolvê-los em uma “causa comum “ , sem que os mesmos precisem abandonar suas “
causas pessoais “.
Somos todos seres humanos, com suas histórias pessoais de vida, sonhos,
ambições, tudo reunido em um mesmo contexto, mas todos, sem exceção, querendo
crescer e ser felizes.
Talvez seja este o ponto de partida da nova gestão de recursos humanos:
a linha tênue e comum que nos une na direção de um mesmo objetivo, que embora
podendo ser traduzido por diferentes caminhos, seja essencialmente igual em
suas intenções .